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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

2º ano ensino médio Era Barão do Rio Branco

Diplomata e historiador brasileiro

Barão do Rio Branco

20 de abril de 1845, Rio de Janeiro (Brasil)
10 de fevereiro de 1912, Rio de Janeiro (Brasil)
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação
Divulgação/MRE
Divulgação/MRE
Rio Branco lançou as bases de uma política internacional, adaptada ao Brasil moderno

José Maria da Silva Paranhos Júnior, barão do Rio Branco, foi professor, político, jornalista, diplomata, historiador e biógrafo. Nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 20 de abril de 1845, e faleceu na mesma cidade, em 10 de fevereiro de 1912.

Rio Branco era filho de José Maria da Silva Paranhos, o visconde do Rio Branco. Cursou o Colégio Pedro II, a Faculdade de Direito de São Paulo, depois a de Recife. Bacharel em 1866, viajou pela Europa e, na volta, regeu a cadeira de Corografia e História do Brasil no Imperial Colégio.

Em 1869, foi nomeado promotor público de Nova Friburgo. No mesmo ano acompanhou, como secretário da Missão Especial, o visconde do Rio Branco ao rio da Prata e ao Paraguai. No mesmo caráter se manteve, em 1870 e 1871, nas negociações de paz entre os membros da Tríplice Aliança e o Paraguai.

Regressando ao Rio, dedicou-se ao jornalismo. Foi dirigir o jornal A Nação, juntamente com Gusmão Lobo. Em maio de 1876, Rio Branco deixava o jornalismo para aceitar o cargo de cônsul-geral do Brasil em Liverpool.

Em 1884, recebeu a comissão de delegado à Exposição Internacional de São Petersburgo e, depois de proclamada a República, foi nomeado, em 1891, em substituição do conselheiro Antonio Prado, superintendente geral na Europa da emigração para o Brasil, cargo que exerceu até 1893.

Durante a estadia na Europa, produziu várias obras: redigiu uma Memória sobre o Brasil para a Exposição de São Petersburgo; para o Le Brésil, de Sant'Anna Nery, escreveu Esquisse de l'Histoire du Brésil; apresentou contribuições para a Grande Encyclopédie, de Levasseur, na parte relativa ao Brasil.

Argentina e Amapá

Em 1893, Floriano Peixoto escolheu Rio Branco para substituir o barão Aguiar de Andrade, falecido no desempenho da missão encarregada de defender os direitos do Brasil aos territórios das Missões. A questão, nos últimos dias do Império, fora submetida ao arbitramento do presidente Cleveland, dos EUA, como resultado do tratado de 7 de setembro de 1889, concluído com a Argentina.

Rio Branco, encarregado de advogar os pontos de vista brasileiros, apresentou ao presidente Cleveland uma exposição, acompanhada de valiosa documentação, reunida em seis volumes, A questão de limites entre o Brasil e a Argentina, obra que muito contribuiu para o laudo arbitral de 5 de fevereiro de 1895, inteiramente favorável às pretensões brasileiras.

Em 1898, foi encarregado de resolver outro importante assunto diplomático: a questão do Amapá. O Tratado de 10 de abril de 1897 escolheu para árbitro da questão o presidente da Suíça. Rio Branco vinha estudando a questão do Amapá desde 1895. Ao chegar a Berna, apresentou uma memória de sete volumes. A sentença arbitral, de 1º de dezembro de 1900, foi favorável ao Brasil, e o nome de Rio Branco foi colocado em plano de superioridade em relação a qualquer outro político ou estadista brasileiro da época.

Ministro das Relações Exteriores

Em 31 de dezembro de 1900 foi nomeado ministro plenipotenciário em Berlim. Em 1902 foi convidado pelo presidente Rodrigues Alves a assumir a pasta das Relações Exteriores, na qual permaneceu até a morte, em 1912.

Logo no início de sua gestão, defrontou-se com a questão do Acre, território fronteiriço que a Bolívia pretendia ocupar, solucionando-a pelo Tratado de Petrópolis. A seguir, encetou negociações com outros países limítrofes, cujas fronteiras com o Brasil suscitavam questões litigiosas. Seu empenho encerrou as velhas disputas que o Brasil mantinha com quase todos os países da América do Sul.

Em 1901, apesar dos esforços e do valor intelectual do plenipotenciário brasileiro, Joaquim Nabuco, a questão da Guiana Inglesa foi resolvida, por laudo do árbitro Victor Emanuel, rei da Itália, contra o Brasil. Rio Branco, no entanto, soube entender os motivos do laudo que despojava o Brasil de uma parte do seu território e deu a Joaquim Nabuco a compensação de nomeá-lo embaixador do Brasil em Washington.

Definindo o contorno do território brasileiro

Veio, depois, uma série de tratados memoráveis: em 1904, com o Equador; em 1906, com a Guiana Holandesa; em 1907, com a Colômbia; em 1904 e 1909, com o Peru; em 1910, com a Argentina. Ficavam definidos, de um modo geral, os contornos do território brasileiro, assim como, com pequenas alterações, ainda hoje subsistem.

Além da solução dos problemas de fronteira, Rio Branco lançou as bases de uma nova política internacional, adaptada às necessidades do Brasil moderno. Foi, nesse sentido, um devotado pan-americanista, preparando o terreno para uma aproximação mais estreita com as repúblicas hispano-americanas e acentuando a tradição de amizade e cooperação com os Estados Unidos.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Regionalização Mundial 3º ano ensino médio

Regionalização do Espaço Mundial

No decorrer da história da humanidade, as diferenças existentes no mundo eram vistas como conseqüência de climas, culturas e etnias desiguais. A partir do século 19 , surgiu a consciência de que as desigualdades na distribuição de riquezas acarretaram desigualdades econômicas e sociais entre as pessoas e as regiões do planeta. Surgem então as várias tentativas de classificar e regionalizar os países segundo características comuns   e de acordo com interesses econômicos. Uma das clássicas formas de regionalização estão presentes em mapas que retratam os continentes (figura 1), sem estabelecer as interações e interesses capitalistas que implicam em profundas alterações na construção do espaço mundial. Uma outra forma de representar o mundo se baseia em seus aspectos físicos ou naturais (figura 2), é uma forma , mostrando regiões muito extensas, incapaz de mostrar as diferenciações dessas regiões.
Primeiro Mundo e Terceiro Mundo (Atualmente não se usa mais estas  expressões)
Após a Segunda Guerra Mundial os países ricos capitalistas eram países do primeiro mundo e os países pobres subdesenvolvidos eram países do terceiro mundo, expressão não mais utilizada. O segundo mundo eram  os países socialistas .
Países Industrializados
Na década de 1950, muitos países subdesenvolvidos foram chamados de países em desenvolvimento, pois passavam por um processo de industrialização.
Países do Norte (ricos) e Países do Sul (pobres)
A maior parte dos países desenvolvidos encontra-se no hemisfério norte e a maior parte dos países subdesenvolvidos no hemisfério sul, tanto que na década de 1980 surge o conceito de países do norte ou países ricos  e países do sul ou países pobres, embora haja países pobres ao norte.
Regionalizações do planeta
Atualmente essa regionalização pode ser vista por vários critérios como por exemplo , nível de industrialização,   nível econômico através do PNB – Produto Nacional Bruto ou a regionalização do mundo em blocos econômicos

Cartografia e Poder 1º ano ensino médio

A Gênese Econômica do Território Brasileiro

A expansão da economia colonial na América Portuguesa definiu regiões mercantis relativamente autónomas, comandadas por cidades portuárias que as ar ticulavam diretamente com os mercados consumidores de além-mar. Essa relativa autonomia económica regional sobreviveu à centralização do poder político realizada a partir de 1822 pelo Império.

Após a independência, as diferentes oligarquias regionais brasileiras compartilhavam o interesse na manutenção da escravidão. A defesa do trabalho escravo, ameaçado pela campanha britânica contra o tráfico negreiro, funcionava como programa comum das oligarquias regionais, unindo-as em torno do poder imperial instalado no Rio de Janeiro.

O tráfico negreiro sobreviveu até 1850 e a escravidão, até 1888. O trabalho escravo restringiu o consumo, retardando a formação de um mercado interno nacional e limitando o intercâmbio comercial entre as regiões produtivas brasileiras. A fragmentação da economia do país em regiões conectadas aos mercados externos perdurou, no mínimo, até a proclamação da República.

América Portuguesa

A expressão América Portuguesa é mais adequada que a tradicional Brasil-Colônia. Esta última tem suas ralões na historiografia elaborada na época do Brasillmpério, que construia uma narrativa baseada na idéia de que a colonização gerou uma entidade política unificada.

Na verdade, a colonização portuguesa gerou diversas colónias no Brasil, subordinadas à Coroa e fragilmente articuladas entre si pelo Governo-Geral. O Brasi^í, enquanto entidade política unificada, começou a surgir com a transferência da Corte para o Rio de Janeiro, em 1808, e consolidou-se apenas após a independência, pela açao centralizadora do Impéno.

No final do século XIX, o território brasileiro ainda encontrava-se fragmentado em "ilhas" econômicas regionais (fig. 1). As ligações internas desse "arquipélago económico" eram frágeis: os mercados externos tinham importância muito maior que o embrionário mercado nacional.

O Nordeste açucareiro constituía um desses pó los exportadores. A produção canavieira, após uma prolongada decadência, vivia um surto de prosperi dade ligado às transformações tecnológicas que cul minaram com a substituição do engenho pela usina Enquanto isso, no sertão semi-árido, o cultivo de ai godão têxtil, adaptado às condições ecológicas regi onais e destinado às indústrias européias, dividia espaço com a tradicional atividade pecuária.

A Amazônia sediava o pólo exportador de bor racha, cuja importância se restringiu ao período 1870-1920. As grandes exportações de borracha natural (látex) para a Europa e os Estados Unido tinham atraído levas de migrantes nordestino< principalmente, para a Amazônia ocidental. Entre tanto, o sistema de produção, baseado no controla dos seringais pelas companhias agroexportadoras impediu qualquer acumulação interna da riqueza gerada pelas exportações. O surto da borracha nãc criou as bases para o desenvolvimento regional sequer dinamizou um mercado regional de impor tancia significativa.

O Brasil meridional conheceu uma política de ocupação conduzida pelo Império, destinada a assegurar a soberania sobre a região e baseada na distribuição de pequenas lotes florestais para imigrantes italianos, alemães e eslavos. No inicio do século XX, já existiam importantes centros agrícolas no Vale do Itajaí (SC), nos arredores de Curitiba (PR) e na região serraria gaúcha. Ao contrário do que aconteeia no resto do país, esses centros não estavam voltados para os mercados externos. Nas cidades fundadas pelos imigrantes nasciam pequenas indústrias de roupas, calçados, louças e alimentos, voltadas principalmente para o mercado regional.

Desde meados do século XIX, a economia cafeeira constituía o núcleo das relações do Brasil com o mercado internacional. Introduzido inicialmente no Rio de Janeiro, com base no trabalho escravo, o café logo ganhou as terras paulistas, onde seria cultivado sobretudo por imigrantes. Mais tarde, o cultivo do "ouro verde" se expandiria para o sul de Minas Gerais e o norte do Paraná.

A nova riqueza despertou a cobiça dos fazendeiros, que compravam terras e abriam plantações. Ferrovias rasgaram o estado de São Paulo formando um leque aberto para o Oeste, unido em Jundiaí e São Paulo, de onde os trilhos seguiam para o porto de Santos. Nas margens das ferrovias surgiam novas vilas e cidades que avançavam sobre as áreas originalmente cobertas pela Mata Atlantica.

O espaço cafeeiro gerava economias complementares em sua periferia. As áreas não-cafeeiras de Minas Gerais e as áreas coloniais do Brasil meridional ligavam-se cada vez mais ao pólo cafeeiro paulista. Nos cerrados do Brasil Central, uma pecuária ultraextensiva sustentava o povoamento rarefeito e j á fornecia carne bovina para o pólo cafeeiro.

O desenvolvimento do complexo cafeeiro exportador em São Paulo criou as condições necessárias para a industrialização do Sudeste, em especial da cidade de São Paulo. Os empresários industriais surgiram da economia cafeeira. A força de trabalho industrial era também um subproduto da economia cafeeiro: muitos imigrantes deixavam as fazendas nas épocas de crise para se tornarem onerários, outros já desembarcavam em Santos em busca de empregos urbanos. A infra-estrutura ferroviária implantada na região cafeeira ajudou, mais tarde, a transportar as matérias-primas industriais.

O Sudeste e o mercado nacional

A industrialização rompeu o isolamento doí mercados regionais. Os manufaturados de São Paulo e do Rio de Janeiro, produzidos com tecnologia superior e em escala industrial, invadiram todo c país. A competição desigual com as mercadorias fabricadas nas outras regiões resultou no predomínio da indústria do Sudeste.

A marcha de conquista se acelerou na década de 1930, quando Getúlio Vargas eliminou os impostos interestaduais que protegiam os mercados regionais. Na década seguinte, rodovias começaram c interligar os estados de São Paulo e Rio de Janeirc ao Sul e ao Nordeste, gerando uma expansão inédita do comércio interno. A tradicional indústria têxtil doméstica do Nordeste, baseada no algodão, fo destruída pela penetração dos tecidos paulistas ~ cariocas. As novas vias de circulação serviram também para transportar milhões de nordestinos que buscavam oportunidades de trabalho nas principais capitais do Sudeste.

Durante a Segunda Guerra Mundial e no pós guerra a concentração geográfico da indústria se in tensificou, com a implantação das indústrias de bens de produção e de bens de consumo duráveis. C crescimento da participação do Sudeste na indústria nacional limitou o desenvolvimento industrial dc Sul e, principalmente, do Nordeste. A reorganização da economia nacional atingiu tanto a indústria como a agricultura.
O Brasil meridional conheceu uma política de ocupação conduzida pelo Império, destinada a assegurar a soberania sobre a região e baseada na distribuição de pequenas lotes florestais para imigrantes italianos, alemães e eslavos. No inicio do século XX, já existiam importantes centros agrícolas no Vale do Itajaí (SC), nos arredores de Curitiba (PR) e na região serraria gaúcha. Ao contrário do que aconteeia no resto do país, esses centros não estavam voltados para os mercados externos. Nas cidades fundadas pelos imigrantes nasciam pequenas indústrias de roupas, calçados, louças e alimentos, voltadas principalmente para o mercado regional.

Desde meados do século XIX, a economia cafeeira constituía o núcleo das relações do Brasil com o mercado internacional. Introduzido inicialmente no Rio de Janeiro, com base no trabalho escravo, o café logo ganhou as terras paulistas, onde seria cultivado sobretudo por imigrantes. Mais tarde, o cultivo do "ouro verde" se expandiria para o sul de Minas Gerais e o norte do Paraná.

A nova riqueza despertou a cobiça dos fazendeiros, que compravam terras e abriam plantações. Ferrovias rasgaram o estado de São Paulo formando um leque aberto para o Oeste, unido em Jundiaí e São Paulo, de onde os trilhos seguiam para o porto de Santos. Nas margens das ferrovias surgiam novas vilas e cidades que avançavam sobre as áreas originalmente cobertas pela Mata Atlantica.

O espaço cafeeiro gerava economias complementares em sua periferia. As áreas não-cafeeiras de Minas Gerais e as áreas coloniais do Brasil meridional ligavam-se cada vez mais ao pólo cafeeiro paulista. Nos cerrados do Brasil Central, uma pecuária ultraextensiva sustentava o povoamento rarefeito e j á fornecia carne bovina para o pólo cafeeiro.

O desenvolvimento do complexo cafeeiro exportador em São Paulo criou as condições necessárias para a industrialização do Sudeste, em especial da cidade de São Paulo. Os empresários industriais surgiram da economia cafeeira. A força de trabalho industrial era também um subproduto da economia cafeeiro: muitos imigrantes deixavam as fazendas nas épocas de crise para se tornarem onerários, outros já desembarcavam em Santos em busca de empregos urbanos. A infra-estrutura ferroviária implantada na região cafeeira ajudou, mais tarde, a transportar as matérias-primas industriais.

O Sudeste e o mercado nacional

A industrialização rompeu o isolamento doí mercados regionais. Os manufaturados de São Paulo e do Rio de Janeiro, produzidos com tecnologia superior e em escala industrial, invadiram todo c país. A competição desigual com as mercadorias fabricadas nas outras regiões resultou no predomínio da indústria do Sudeste.

A marcha de conquista se acelerou na década de 1930, quando Getúlio Vargas eliminou os impostos interestaduais que protegiam os mercados regionais. Na década seguinte, rodovias começaram c interligar os estados de São Paulo e Rio de Janeirc ao Sul e ao Nordeste, gerando uma expansão inédita do comércio interno. A tradicional indústria têxtil doméstica do Nordeste, baseada no algodão, fo destruída pela penetração dos tecidos paulistas ~ cariocas. As novas vias de circulação serviram também para transportar milhões de nordestinos que buscavam oportunidades de trabalho nas principais capitais do Sudeste.

Durante a Segunda Guerra Mundial e no pós guerra a concentração geográfico da indústria se in tensificou, com a implantação das indústrias de bens de produção e de bens de consumo duráveis. C crescimento da participação do Sudeste na indústria nacional limitou o desenvolvimento industrial dc Sul e, principalmente, do Nordeste. A reorganização da economia nacional atingiu tanto a indústria como a agricultura.

O Sul conseguiu manter uma participação est vel na produção industrial, em função da qualific ção da força de trabalho gerada pela imigração e c desenvolvimento tecnológico de setores industria ligados aos bens de consumo não-duráveis. O No deste conheceu uma regressão acentuada da sua pa ticipação na indústria nacional, o que agravou desníveis de renda que o separavam do Sudeste.

A agricultura também se transformou. A prole ção para exportação deixou de dominar o setor, co] a ampliação da agricultura comercial direcionac para o mercado interno. As cidades do Sudeste to naram-se grandes mercados consumidores de a] mentos de todas as regiões.

O Sul logo despontou como o grande "celeiro agrícola" do país, exportando para o Sudeste indu trial. A complementaridade entre as duas regiões

tornava mais forte. A agropecuária do Centro-Oes~ também conheceu um desenvolvimento notável, ] gando-se cada vez mais ao mercado paulista.

O Nordeste, ao contrário, viu sua participaçã na agricultura nacional declinar. Em vez de forneci alimentos e matérias-primas para as cidades e fábr cas do Sudeste, fornecia principalmente mão-d obra: as migrações de nordestinos para o Rio de Já neiro e São Paulo repetiam sua decadência agrícol e a destruição da pequena indústria regional.

A economia nacional assumiu uma nítida conf Duração centro-periferia. O Sudeste, comandado pá São Paulo consolidou sua condição de núcleo ecc nomico do país. O Sul e o Nordeste firmaram-s como regiões periféricas. O Centro-Oeste e o Norte representavam fronteiras demográficas e agrícolas

2. A concentração industrial

Na segunda metade do século XIX, a Revolução Industrial abriu as portas para a incorporação dá todos os continentes nos fluxos mercantis e circui tos de investimentos centralizados pelas potência industriais. A economia-mundo, em formação estruturava-se em função de uma divisão interna cional do trabalho comandada pelas necessidade da produção industrial e dos mercados consumido res das grandes potências. A América Latina, a Asia e a Africa desempenhavam as funções de fornece dores de matérias-primas e géneros tropicais e con sumidores de produtos manufaturados.

As relações económicas internacionais abrangiam também fluxos de investimentos diretos das potência industriais para suas esferas de influência. Esses in vestirmentos concentravam-se, essencialmente, em se fores como eletricidade, iluminação pública, ferrovia e portos. O maior investidor era O Reino Unido. Nó Brasil, os capitais britânicos financiaram a instalação das ferrovias paulistas e das primeiras usinas elétricas

A inserção brasileira na economia-mundo decor ria, essencialmente, do intercâmbio gerado pelo com plexo cafeeiro capitalista. As exportações anuais dá café saltaram de 2,6 milhões de sacas na década dá 1850 para 7,2 milhões na de 1890 e 17,2 milhões nó de 1920. Nesse intervalo, passaram de cerca de 50°/~ do total das exportações nacionais para mais de 65% As rendas do café financiavam o crescimento acele rado das importações de manufaturados europeus norte-americanos.

Nas primeiras décadas do século XX, centenas de chaminés se espalhavam pelo país, especialmente no Rio de Janeiro (o antigo Distrito Federal) e em São Paulo.

Em 1907, época do primeiro censo industrial, o grau de concentração geográfico da indústria era pequeno. Juntos, o Distrito Federal e o estado de São Paulo tinham menos de um terço dos estabelecimentos industriais e perto de 40% dos operários. Em 1920, o panorarna já era outro: essas duas unidades da federação concentravam mais de 40% das fábricas e mais de metade da força de trabalho. Nesse intervalo, sob o influxo da riqueza gerada no complexo cafeeiro, São Paulo ultrapassou largamente o Distrito Federal, firmando-se como maior pólo industrial do país (fig. 3).

As relações entre o complexo cafeeiro e a economia industrial nascente são complexas e, muitas vezes, contraditórias. As crises de superprodução abalavam periodicamente a produção cafeeira, derrubando os preços internacionais e fazendo recuar a plantação de novos cafezais. Nessas fases, o êxodo rural enchia as cidades de trabalhadores em busca de emprego, as importações diminuíam, acompanhando a queda das exportações de café, e os investidores no comércio exterior buscavam novas aplicações para seus capitais. A indústria florescia, aproveitando a depressão cafeeiro.

A recuperação cafeeira tinha efeitos inversos, desviando os investimentos para o comércio exterior e os empréstimos bancários para as plantações. As importações geravam falências e crises industriais, pois a indústria nacional não podia concorrer com os produtos estrangeiros. A força do café oprimia a frágil indústria.

A indústria paulista cresceu à sombra do café como uma pequena planta numa estufa. Simultane amente, ela era estimulada e limitada pela economi, cafeeira dominante. Depois de um certo ponto, sei pleno desenvolvimento passou a depender do rom pimento da estufa

O modelo de substituição de importações

A Grande Depressão da década de 1930, instala da a partir da crise da Bolsa de Nova York, em 192^C representou uma crise industrial sem precedente nos Estados Unidos e na Europa. Simultaneamente a depressão económica mundial contraía os merca dos consumidores e derrubava os preços das mate rias-primas e géneros tropicais de exportação.

agrícolas. A indústria nacional podia crescer nun ambiente razoavelmente protegido da eoneorrên eia estrangeira. Além disso, pela primeira vez,

governo se interessava pela indústria. As exporta ções agrícolas, que se reerguiam com dificuldade financiavam a importação de máquinas e equipa mentos necessários para a indústria nacional til bens de consumo. O êxodo rural, muito intenso des de a crise eafeeira, proporcionava mão-de-obra pari as fábricas. A substituição dos bens industriais im portadas por bens fabricados no Brasil estava eu plena marcha.

A Segunda Guerra Mundial representou uma cri se salutar para a indústria nacional em expansão. Se^l efeito imediato foi brocar o crescimento industrial devido à queda nas importações de máquinas e equi pamentos. Mas, exatamente por isso, o período dá guerra realçou a dependência nacional dos bens dá produção importados e estimulou a substituição des sas importações por produções nacionais.

Um marco desse processo foi a criação da Compõe nhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1941, com final ciamento norte-americano conseguido por Vargas ei troca da cessão do uso do porto brasileiro de Nat, (RN) como base militar para o esforço de guerra COI tra a Alemanha nazista. Um ano depois era criada Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), encarregada d extração dos minérios do Quadrilátero Ferrífero de M nas Gerais. Com o aço, o Brasil começava a constru uma indústria de bens de produção significativa, apoia da principalmente em investimentos estatais maciço No pós-guerra, a criação da indústria de bens de produção voltaria a se associar ao nome de Getúlio Vargas. Em 1951 era inaugurada a usina de Paulo Afonia obra pioneira da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesfl e ato inicial de um vasto programa elétrico. Em 1953 surgia a Petrobras e, com ela, um gigantesco esforço voltado para a produção, o refino e o transporte do petróleo organizado sob o monopólio estatal

O desmanche industrial

O governo de Juscelino Kubitschek será sempre lembrado pela obsessão industrialist do Plano de Metas, sintetizada na rumorosa campanha publicitária dos "50 anos em 5". Essa fase representou, além da maturidade industrial do partido uma reorientação radical: a abertura do país aos investimentas estrangeiros diretos tomava o lugar de protecionismo nacionalista de Vargas. Nos "anos JK", o Brasil deixou definitivamente para trás o modelo agroexportador e ergueu uma economia urbano-industrial dinamizada pela implantação de filiais dos conglomerados transnacionais. O Plano de Metas tinha como finalidade principal

Modelo agroexportador

No modelo económico agroexportador, o Brasil inseria-se na divisão internacional do trabalho como expor tador de bens tropicais aos mercados europeu e nor Americano e importador de manufaturados das po tências industriais. As rendas geradas pelas exportacões, constituidas essencialmente por bens de consumo.

O modelo de substituição de importações coexistir com o modelo agroexportador durante algum tem po, entre as décadas de 1930 e 1950. No governc JK, a indústria passou a desempenhar o papel dó liderança no processo de crescimento da economia nacional, desbancando o setor agrícola.

No plano internacional, os conglomerado transnacionais viviam sua época de ouro, multipli cando filiais e abrindo novas fronteiras de investi mentes. O dinamismo da economia norte-america na e a reconstrução européia ejaponesa do pos-guer ra geravam excedentes de capital disponíveis par investimentos no mundo subdesenvolvido.

O Estado atuou no sentido de viabilizar os investi mentos externos liberando as importações de equipa mantos e máquinas e criando mecanismos de crédito destinados a expandir o mercado consumidor internc Os investimentos estatais em novos programas rodoviários, energéticos e siderúrgicos asseguravam o fiolão de matérias-primas para as indústrias e a infraestrutura indispensável para a ampliação do mercado de consumo. O mercado brasileiro of erecta elevadas mar gens de lucro para os capitais estrangeiros. Mais dá que nunca, a expansão do PIB era capitaneada pela crescimento acelerado do setor industrial.

O setor de bens de consumo duráveis tornou-se definitivamente, o mais dinâmico da economia. Os subsídios estatais e o baixo custo da mão-de-obra ofereciam excelentes condições para a instalação de nova empresas transnacionais no país. As camadas médias urbanas, base socioeconômica desse processo de mo dernização, garantiam o mercado de consumo das indústrias automobilísticas e de eletro domésticos. Enquanto isso, o Esta do realizava pesados investimentos na modernização do parque viário na geração de energia elétrica e nas telecomunicações. O Brasil entrava na era dos satélites e a voz do locutor do Jornal Nacional, cuja primeira edição foi ao ar em 1969.


"Milagre brasileiro"

O chamado "milagre brasileiro" foi o ciclo de fort expansão económica, na qual o PIB cresceu a taxa médias anuais em torno de 10%. Esse ciclo refletiu a combinação da maturação dc investimentos industriais realizados desde o Plano de Metas com uma conjuntura internacional marcad por elevados investimentos estrangeiros diretos no Brasil. O êxodo rural acelerado e as altas taxas d crescimento vegetativo também contribuíram par a expansão económica.

Esse ciclo econômico desenrolou-se sob o ambien te de intensificação da repressão política da ditadur, militar instalada em 1964. A supressão das liberdades políticas e dos direitos de organização dos tra Ralhadores conferiu à expansão económica um cá

A tríplice aliança

O ciclo do "milagre brasileiro" cristalizou um modelo industrial baseado em uma tríplice aliança, da qual faziam parte o capital estatal, os conglomerados transnacionais e o grande capital nacional. O tripé conjugava os interesses dos oligopólios que lotearam o mercado brasileiro: as transnacionais dominavam o setor de bens de consumo duráveis, o Estado atuava no setor de bens de produção e o capital privado nacional estava presente, principalmente, no setor de bens de consumo não-duráveis.

O Estado desempenhou funções estruturais na tríplice aliança. Ao longo do esforço industrial do pós-guerra e, principalmente, nas duas décadas do regime militar, entre 1964 e 1984, as empresas estatais assumiram a hegemonia na siderurgia, na indústria química e petroquímica e na mineração. Algumas gigantes companhias de holding- como a Siderbras, na siderurgia, a Embratel e a Telebrás, nas comunicações, e a Eletrobrás, na geração de eneI gia - controlavam setores fundamentais para a mc dernização económica do país. Produzindo bens ir termediários, as estatais forneciam, geralmente preços inferiores aos de mercado, os insumos e me térias-primas consumidos pelas transnacionais grandes empresas nacionais.

Cartografia e Poder 1º ano ensino médio

Os sistemas de projeções cartográficas foram criados para resolver em parte o problema da transferência da imagem curva da Terra para o plano no mapa, através das coordenadas geográficas (paralelos e meridianos). hoje, existem mais de duzentas formas de projeções, no entanto temos algumas que são mais conhecidas e mais utilizadas como as clíndricas, as cônicas, as planas, as equivalentes, as equidistantes e as conformes.
As projeções conformes tem seus ângulos idênticos na esfera e no plano, mas as áreas no mapa ficam deformadas, isto é, próximo ao Equador as distorções são mínimas, mas quanto maior é o afastamento da Linha do Equador maior será a distorção. Pode ser verificado na projeção de Mercator, na qual a Groenlândia aparenta ser maior que a América do Sul, no entanto é oito vezes menor.
Por falar em Mercator - Gerhard Kremer - holandes, construiu o primeiro mapa no sistema de coordenadas geográficas, utilizando a projeção cilíndrica conforme. A época em que ele elaborou o mapa era a das grandes navegações, quando os europeus conquistaram muitos territórios. Por isto,temos uma visão do “eurocentrismo”, ou seja,  a Europa está numa posição privilegiada, no centro, na parte superior do mapa, isto significa que ela já está tendo distorções, isto é, está maior do que na realidade, justificando a expansão colonialista - o poder europeu -. O mapa de Mercator ficou conhecido pelo termo planisfério, o nosso mapa-múndi.

Globaliação e regionalização 8ª série ensino fundamental

Com o fim da oposição capitalismo X socialismo, o mundo se defrontou com uma realidade marcada pela existência de um único sistema político-econômico, o capitalismo. Exceto por Cuba, China e Coréia do Sul, que ainda apresentam suas economias fundamentadas no socialismo, o capitalismo é o sistema mundial desde o início da década de 90.
À fragmentação do socialismo somaram-se as profundas transformações que já vinham afetando as principais economias capitalistas desde a segunda metade do séc. XX, resultando na chamada nova ordem mundial.
As origens dessa nova ordem estão no período imediatamente posterior à Segunda Guerra Mundial, no momento em que os Estados Unidos assumiram a supremacia do sistema capitalista. A supremacia dos EUA se fundamentava no segredo da arma nuclear, no uso do dólar como padrão monetário internacional, na capacidade de financiar a reconstrução dos países destruídos com a guerra e na ampliação dos investimentos das empresas transnacionais nos países subdesenvolvidos.
Durante a Segunda Guerra, os EUA atravessaram um período de crescimento econômico acelerado. Assim, quando o conflito terminou, sua economia estava dinamizada, e esse país assumia o papel de maior credor do mundo capitalista. Além disso, a conferência de Bretton Woods, que em 1944 estabeleceu as regras da economia mundial, determinou que o dólar substituiria o ouro como padrão monetário internacional.
Os EUA também financiaram a reconstrução da economia japonesa, visando criar um pólo capitalista desenvolvido na Ásia e, desse modo, também impedir o avançado socialismo no continente.
A ascensão da economia japonesa foi acompanhada de uma expansão econômica e financeira do país em direção aos seus vizinhos da Ásia, originando uma região de forte dinamismo econômico.

Aceleração econômica e tecnológica
A tecnologia desenvolvida durante a Segunda Guerra Mundial estabeleceu um novo padrão de desenvolvimento tecnológico, que levou à modernização e a posterior automatização da indústria. Com a automatização industrial, aceleraram-se os processos de fabricação, o que permitiu grande aumento e diversificação da produção.
O acelerado desenvolvimento tecnológico tornou o espaço cada vez mais artificializado, principalmente naqueles países onde o atrelamento da ciência à técnica era maior. A retração do meio natural e a expansão do meio técnico-científico mostraram-se como uma faceta do processo em curso, na medida que tal expansão foi assumida como modelo de desenvolvimento em praticamente todos os países.
Favorecidas pelo desenvolvimento tecnológico, particularmente a automatização da indústria, a informatização dos escritórios e a rapidez nos transportes e comunicações, as relações econômicas também se aceleraram, de modo que o capitalismo ingressou numa fase de grande desenvolvimento. A competição por mercados consumidores, por sua vez, estimulou ainda mais o avanço da tecnologia e o aumento da produção industrial, principalmente nos Estados Unidos, no Japão, nos países da União européia e nos novos países industrializados (NPI’s) originários do "mundo subdesenvolvido" da Ásia.

A internacionalização do capital
Desde que surgiu, e devido à sua essência - produzir para o mercado, objetivando o lucro e, conseqüentemente, a acumulação da riqueza - o capitalismo sempre tendeu à internacionalização, ou seja, à incorporação do maior número possível de povos ou nações ao espaço sob o seu domínio.
No princípio, a Divisão Internacional do Trabalho funcionava através do chamado pacto colonial, segundo o qual a atividade industrial era privilégio das metrópoles que vendiam seus produtos às colônias.
Agora, para escapar dos pesados encargos sociais e do pagamento dos altos salários conquistados pelos trabalhadores de seus países, as grandes empresas industriais dos países desenvolvidos optaram pela estratégia de, em vez de apenas continuarem exportando seus produtos, também produzi-los nos países subdesenvolvidos, até então importadores dos produtos industrializados que consumiam. Dessa maneira, barateando custos, graças ao emprego de mão-de-obra bem mais barata, menos encargos sociais, incentivos fiscais etc., e, assim, mantendo , ou até aumentando, lucros, puderam praticar altas taxas de investimento e acumulação.
Grandes empresas de países desenvolvidos, também conhecidas como corporações, instalaram filiais em países subdesenvolvidos, onde passaram a produzir um elenco cada vez maior de produtos.
Por produzirem seus diferentes produtos em muitos países, tais empresas ficaram consagradas como multinacionais. Nesse contexto, opera-se pois, uma profunda alteração na divisão internacional do trabalho, porquanto muitos países deixam de ser apenas fornecedores de alimentos e matérias-primas para o mercado internacional para se tornarem produtores e até exportadores de produtos industrializados. O Brasil é um bom exemplo.

A globalização
Nos anos 80, a maior parte da riqueza mundial pertencia às grandes corporações internacionais. Pôr outro lado, os Estados desenvolvidos revelaram finanças arruinadas, depois de se mostrarem incapazes de continuar atendendo às onerosas demandas da sua população: aposentadoria, amparo à velhice, assistência médica, salário-desemprego, etc. Com o esgotamento do Estado do bem-estar Social (Welfare state), o neoliberalismo ganhou prestigio e força.
Agora, a lucratividade tem de ser obtida mediante vantagens sobre a concorrência, para o que é necessário oferecer ao mercado produtos mais baratos, preferentemente de melhor qualidade. Para tanto, urge reduzir custos de produção.
Então, os avanços tecnológicos, particularmente nos transportes e comunicações, permitiram que as grandes corporações adotassem um novo procedimento - a estratégia global de fabricação - que consiste em decompor o processo produtivo e dispersar suas etapas em escala mundial, cada qual em busca de menores custos operacionais. A produção deixa de ser local para ser mundial, o que também ocorre com o consumo, uma vez que os mesmos produtos são oferecidos à venda nos mais diversos recantos do planeta. Os fluxos econômicos se intensificam extraordinariamente, promovidos sobretudo pelas grandes empresas, agora chamadas de transnacionais. A divisão internacional do trabalho fica subvertida, pois torna-se difícil identificar o lugar em que determinado artigo industrial foi produzido.
Após a derrocada do socialismo, a internacionalização do capitalismo atinge praticamente todo o planeta e se intensifica a tal ponto que merece uma denominação especial - globalização -, marcada basicamente pela mundialização da produção, da circulação e do consumo, vale dizer, de todo o ciclo de reprodução do capital. Nessas condições, a eliminação de barreiras entre as nações torna-se uma necessidade, a fim de que o capital possa fluir sem obstáculos. Daí o enfraquecimento do Estado, que perde poder face ao das grandes corporações.
O "motor" da globalização é a competitividade. Visando à obtenção de produtos competitivos no mercado, as grandes empresas financiam ou promovem pesquisa, do que resulta um acelerado avanço tecnológico. Esse avanço implica informatização de atividades e automatização da indústria, incluindo até a robotização de fábricas. Em conseqüência, o desemprego torna-se o maior problema da atual fase do capitalismo.
Embora a globalização seja mais intensa na economia, ela também ocorre na informação, na cultura, na ciência, na política e no espaço. Não se pode pensar, contudo, que a globalização tende a homogeneizar o espaço mundial. Ao contrário, ela é seletiva. Assim, enquanto muitos lugares e grupos de pessoas se globalizam, outros, ficam excluídos do processo. Por esse motivo, a globalização tende a tornar o espaço mundial cada vez mais heterogêneo. Além disso, ela tem provocado uma imensa concentração de riqueza, aumentando as diferenças entre países e, no interior de cada um deles, entre classes e segmentos sociais.
De qualquer modo, para se entender melhor o espaço de hoje, com as profundas alterações causadas pela globalização, é preciso ter presente alguns conceitos essenciais:
FÁBRICA GLOBAL - A expressão indica que a produção e o consumo se mundializaram de tal forma que cada etapa do processo produtivo é desenvolvida em um país diferente, de acordo com as vantagens e as possibilidades de lucro que oferece.
ALDEIA GLOBAL - Essa expressão reflete a existência de uma comunidade mundial integrada pela grande possibilidade de comunicação e informação. Com os diferentes sistemas de comunicação, uma pessoa pode acompanhar os acontecimentos de qualquer parte do mundo no exato momento em que ocorrem. Uma só imagem é transmitida para o mundo todo, uma só visão. Os avanço possibilitam a criação de uma opinião pública mundial. Nesse contexto de massificação da informação é que surgiu a IINTERNET, uma rede mundial de comunicação por computador que liga a quase totalidade dos países. Estima-se que, hoje, mais de 100 milhões de pessoas estejam se comunicando pela Internet. Esse sistema permite troca de informações, com a transferência de arquivos de som, imagem e texto. É possível conversar por escrito ou de viva voz, mandar fotos e até fazer compras em qualquer país conectado.
ECONOMIA MUNDO - Ao se difundir mundialmente, as empresas transnacionais romperam as fronteiras nacionais e estabeleceram uma relação de interdependência econômica com raízes muito profundas, inaugurando a chamada economia mundo.
INTERDEPENDÊNCIA - No sistema globalizado, os conceitos de conceitos descritos anteriormente envolvem a interdependência. Os países são dependentes uns dos outros, pois os governos nacionais não conseguem resolver individualmente seus principais problemas econômicos, sociais ou ambientais.
As novas questões relacionadas com a economia globalizada fazem parte de um contexto mundial, refletem os grandes problemas internacionais, e as soluções dependem de medidas que devem ser tomadas por um grande conjunto de países.
PAÍSES EMERGENTES - Alguns países, mesmo que subdesenvolvidos, são industrializados ou estão em fase de industrialização; por isso, oferecem boas oportunidades para investimentos internacionais. Entre os países emergentes destacam-se a China, a Rússia e o Brasil. Para os grandes investidores, esse grupo representa um atraente mercado consumidor, devido ao volume de sua população. Apesar disso, são países que oferecem grandes riscos, se for considerada sua instabilidade econômica ou política.
Com o objetivo de construir uma imagem atraente aos investidores, os países emergentes tentam se adequar aos padrões da economia global. Para isso, têm sempre em vista os critérios utilizados internacionalmente por quem pretende selecionar um país para receber investimentos:
  • cultura compatível com o desenvolvimento capitalista;
  • governo que administra bem os seus gastos;
  • disponibilidade de recursos para crescer sem inflação e sem depender excessivamente de recursos externos;
  • estímulo às empresas nacionais para aprimorarem sua produção;
  • custo da mão-de-obra adequado à competição internacional;
  • existência de investimentos para educar a população e reciclar os trabalhadores.
Regionalização: uma face da globalização
Aos agentes da globalização – as grandes corporações internacionais – interessa a eliminação das fronteiras nacionais, mais precisamente a remoção de qualquer entrave à livre circulação do capital. Por outro lado, ao Estado interessa defender a nacionalidade, cujo sentimento não desaparece facilmente junto à população; em muitos casos, inclusive, ele permanece forte. Por isso, embora enfraquecidos diante do poder do grande capital privado, os Estados resistem à idéia de perda do poder político sobre o seu território.
Os resultados desse jogo de interesses, face à acirrada competição internacional, é a formação de blocos, cada qual reunindo um conjunto de países, em geral, vizinhos ou próximos territorialmente. Os blocos ou alianças, constituídos por acordos ou tratados, representam pois uma forma conciliatória de atender aos interesses tanto dos países quanto da economia mundo.
A formação de blocos econômicos significa uma forma de regionalização do espaço mundial

Etapas da integração econômica
A integração de economias regionais obtém-se pela aproximação das políticas econômicas e da pertinente legislação dos países que fazem parte de uma aliança. Com isso, pretende-se criar um bloco econômico que possibilite um maior desenvolvimento para todos os membros da associação. Vejamos a seguir cada etapa do processo:
Primeira etapa: zona de livre comércio – criação de uma zona em que as mercadorias provenientes dos países membros podem circular livremente. Nessa zona, as tarifas alfandegárias são eliminadas e há flexibilidade nos padrões de produção, controle sanitário e de fronteiras.
Segunda etapa: união aduaneira – além da zona de livre comércio, essa etapa envolve a negociação de tarifas alfandegárias comuns para o comércio realizado com outros países.
Terceira etapa: mercado comum – engloba as duas fases anteriores e acrescenta a livre circulação de pessoa, serviços e capitais.
Quarta etapa: união monetária – essa fase pressupõe a existência de um mercado comum em pleno funcionamento. Consiste na coordenação das políticas econômicas dos países membros e na criação de um único banco central para emitir a moeda que será utilizada por todos.
Quinta etapa: união política – a união política engloba todas as anteriores e envolve também a unificação das políticas de relações internacionais, defesa, segurança interna e externa.

Os pólos de poder na economia globalizada
Na nova ordem mundial, a bipolaridade representada por Estados Unidos e União Soviética foram substituídas pela multipolaridade. Os pólos de poder econômico são União Européia, Nafta e Apec; os de importância secundária, Mercosul e Asean.
Apesar de a economia globalizada ser definida como multipolar, os principais dados referentes ao desempenho econômico internacional demonstram que existem três grandes pólos que lideram a economia do mundo: o bloco americano, o asiático e o europeu, que controlam mais de 80% dos investimentos mundiais.
O bloco americano, liderado pelos Estados Unidos, realiza grande parte de seus negócios na América Latina, sua tradicional área de influência: o bloco asiático, liderado pelo Japão, faz mais de 50% de seus investimentos no leste e no sudeste da Ásia: e a União européia concentra dois terços de sua atuação econômica nos países do leste europeu.
Pode-se observar, portanto, que a economia globalizada é, na verdade, tripolar. A influência econômica está nas mãos dos países que representam as sete maiores economias do mundo: Estados unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Canadá. Por sua vez, no interior desses países são principalmente as grandes empresas transnacionais que têm condições de liderar o mercado internacional.
GLOBALIZAÇÃO E REGIONALIZAÇÃO
NA ECONOMIA MUNDIAL

Globalização 7ª série ensino fundamental !

Se você olhar para a marca em sua camisa, é provável que você iria ver que ela foi feita em um país diferente daquele em que você está agora. . Além do mais, antes de atingir seu guarda-roupa, essa camisa poderia muito bem ter sido feita com algodão chinês costurado por mãos tailandesas, enviado através do Pacífico em um cargueiro francês tripulado pelos espanhóis para um porto de Santos.
A globalização é um fenômeno social que ocorre em escala global. Esse processo consiste em uma integração em caráter econômico, social, cultural e político entre diferentes países.

A globalização é oriunda de evoluções ocorridas, principalmente, nos meios de transportes e nas telecomunicações, fazendo com que o mundo “encurtasse” as distâncias. No passado, para a realização de uma viagem entre dois continentes eram necessárias cerca de quatro semanas, hoje esse tempo diminuiu drasticamente. Um fato ocorrido na Europa chegava ao conhecimento dos brasileiros 60 dias depois, hoje a notícia é divulgada quase que em tempo real.

O processo de globalização surgiu para atender ao capitalismo, e principalmente os países desenvolvidos; de modo que os mesmos pudessem buscar novos mercados, tendo em vista que o consumo interno se encontrava saturado.

A globalização é a fase mais avançada do capitalismo. Com o declínio do socialismo, o sistema capitalista se tornou predominante no mundo. A consolidação do capitalismo iniciou a era da globalização, principalmente, econômica e comercial.

A integração mundial decorrente do processo de globalização ocorreu em razão de dois fatores: as inovações tecnológicas e o incremento no fluxo comercial mundial.

As inovações tecnológicas, principalmente nas telecomunicações e na informática, promoveram o processo de globalização. A partir da rede de telecomunicação (telefonia fixa e móvel, internet, televisão, aparelho de fax, entre outros) foi possível a difusão de informações entre as empresas e instituições financeiras, ligando os mercados do mundo.

O incremento no fluxo comercial mundial tem como principal fator a modernização dos transportes, especialmente o marítimo, pelo qual ocorre grande parte das transações comerciais (importação e exportação). O transporte marítimo possui uma elevada capacidade de carga, que permite também a mundialização das mercadorias, ou seja, um mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta.

O processo de globalização estreitou as relações comerciais entre os países e as empresas. As multinacionais ou transnacionais contribuíram para a efetivação do processo de globalização, tendo em vista que essas empresas desenvolvem atividades em diferentes territórios.

Outra faceta da globalização é a formação de blocos econômicos, que buscam se fortalecer no mercado que está cada vez mais competitivo.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Questoes de Concursos com o gabarito !!!!!!

Todos nós  nos dias atuais nos  preocupamos com a estabilidade no emprego, e prestar um concurso é  a porta de entrada para isso..... Aqui vai um link para o site do PCI Concursos, onde voce encontrará provas com os gabaritos corrigidos, e lá no site da pra visualizar provas de diversos cargos e funções....vale a Pena a dica !!! Confiram e façam bom uso !!!!!!!!!!


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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A relação entre espaço geográfico e globalização

A globalização pretende ser uma mudança qualitativa da internacionalização, na medida em que grandes processos em comunicação e transporte aproximaram ainda mais todos os povos no sentido material e cultural, a globalização ocasionou uma forte ligação entre práticas sociais locais e globais, pondo fim às distâncias espaço-temporais, permitindo assim que os indivíduos tomassem conhecimento de eventos que até então eles não tinham consciência. Pode-se dizer que essa diminuição das distâncias é um aspecto positivo desse processo de globalização, na medida que os indivíduos podem agora ter contato com formas de vida diversas, abrindo a possibilidade de aprendizagem através do confronto com o diferente. A internet é um exemplo de como a comunicação hoje é instantânea, abrindo um novo campo até mesmo para a educação, que pode se beneficiar deste avanço tecnológico em proveito de sua finalidade de ensino.O processo de globalização, que vem se intensificando com o avanço da tecnologia e a rapidez das trocas de informações, fez surgir um espaço global, ou seja, os espaços articulados com vários pontos do planeta. Assim, com a globalização, empresas multinacionais expandem suas propagandas comerciais para diversos locais do planeta com o intuito de conquistar mercados, concorrendo com empresas locais e regionais, que difundem suas propagandas em nível local e regional.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Pronatec terá financiamento para curso técnico de nível médio, diz Dilma.

A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta segunda-feira (14) de fevereiro, durante o programa de rádio “Café com a Presidenta”, que o Fies (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) estará dentro do novo Pronatec (Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica). O aluno que terminou o ensino médio poderá pegar um financiamento para estudar em escolas técnicas privadas também de nível médio.
O Fies teve mudanças no ano passado, com redução na taxa de juros –agora, de 3,4%– e carências diferentes para determinados cursos, como os de licenciatura. É possível pedir o financiamento em qualquer época do ano.
O governo ainda estuda como financiar o curso técnico para quem está no ensino médio e pretende fazê-lo no turno oposto. A princípio, ele não teria custo para o aluno, ao contrário dos cursos para os já formados.
“O Pronatec será um conjunto de ações voltadas para os estudantes e trabalhadores que querem fazer um curso técnico e que não têm como pagar. Será um programa, tanto de bolsas quanto de financiamento estudantil”, disse Dilma.  O programa deverá ser lançado no final de março.
A presidente afirmou também que o Pronatec vai oferecer, também, formação profissional em cursos com carga horária a partir de 160 horas.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Entenda a Crise no Egito

O presidente do Egito, Hosni Mubarak, anunciou nesta sexta-feira (28) que formaria ainda neste sábado (29) um novo gabinete de ministros, após ter demitidos todos eles, incluindo o primeiro-ministro egípcio, Ahmad Fuad Mohieddin, ontem. A medida é uma tentativa de encerrar a crise em que o país se encontra desde terça-feira (25), quando manifestantes e policiais entraram em choque, em confrontos que se tornam cada vez mais violentos.
Mubarak, como presidente, é o chefe de Estado do Egito, enquanto Mohieddin é o chefe de governo. O primeiro-ministro e o gabinete de ministros são indicados pelo presidente, que pode desfazer o gabinete e convocar novos membros.
Os protestos, que se espalham pelo país, têm o objetivo de forçar a saída de Mubarak - no poder desde 1981.
O governo decretou toque de recolher no país ontem e colocou o Exército nas ruas da capital, Cairo, para garantir a ordem nas ruas. O toque já foi ampliado hoje, e agora vai das 16h (11h em Brasília) às 8h (3h em Brasília). As Forças Armadas já pediram à população egípcia que evite participar de manifestações públicas e respeite o toque de recolher.
Em um comunicado, o ministério argumenta que o pedido se justifica pelas “ações de sabotagem e violência” que estão sendo registradas nas últimas horas no país, e adverte que os infratores “enfrentarão sanções judiciais”.
O presidente do Egito, Hosni Mubarak, anunciou nesta sexta-feira (28) que formaria ainda neste sábado (29) um novo gabinete de ministros, após ter demitidos todos eles, incluindo o primeiro-ministro egípcio, Ahmad Fuad Mohieddin, ontem. A medida é uma tentativa de encerrar a crise em que o país se encontra desde terça-feira (25), quando manifestantes e policiais entraram em choque, em confrontos que se tornam cada vez mais violentos.
Mubarak, como presidente, é o chefe de Estado do Egito, enquanto Mohieddin é o chefe de governo. O primeiro-ministro e o gabinete de ministros são indicados pelo presidente, que pode desfazer o gabinete e convocar novos membros.
Os protestos, que se espalham pelo país, têm o objetivo de forçar a saída de Mubarak - no poder desde 1981.
O governo decretou toque de recolher no país ontem e colocou o Exército nas ruas da capital, Cairo, para garantir a ordem nas ruas. O toque já foi ampliado hoje, e agora vai das 16h (11h em Brasília) às 8h (3h em Brasília). As Forças Armadas já pediram à população egípcia que evite participar de manifestações públicas e respeite o toque de recolher.
Em um comunicado, o ministério argumenta que o pedido se justifica pelas “ações de sabotagem e violência” que estão sendo registradas nas últimas horas no país, e adverte que os infratores “enfrentarão sanções judiciais”.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Mata Atlântica é a quinta floresta mais ameaçada do mundo.


 Um ranking divulgado nesta quarta-feira pela entidade ambiental Conservação Internacional indica que a Mata Atlântica é a quinta floresta mais ameaçada do mundo.

A lista enumera o que a organização considera ser as dez regiões florestais mundiais que enfrentam os maiores riscos.

Segundo a ONG, a posição da Mata Atlântica na quinta colocação se justifica porque restam apenas 8% da cobertura original da floresta, que antes ocupava boa parte da costa brasileira.

A organização afirma que a floresta ''abriga 20 mil espécies de plantas, sendo 40% delas endêmicas. Ainda assim, menos de 10% da floresta permanece de pé''.

Perigo
O relatório da Conservação Internacional diz ainda que mais de duas dúzias de espécies de vertebrados criticamente em perigo de extinção estão lutando para sobreviver na Mata Atlântica.

Entre as espécies listadas estão seis espécies de aves que habitam uma pequena faixa da floresta no Nordeste.

De acordo com a Conservação Internacional, um dos motivos para o desmatamento acentuado que a floresta vem sofrendo é a ''crescente urbanização e industrialização do Rio de Janeiro e de São Paulo''.

A floresta brasileira ficou atrás de regiões da Índia e de Mianmar que só contam com 5% de seu bioma original.

Também estão mais ameaçadas do que a Mata Atlântica uma área da Nova Zelândia que só mantém 5% de sua cobertura original; outra, situada entre a Indonésia, a Malásia e o Brunei, que só preserva 7% do que já possuiu, e outra nas Filipinas, também com 7% da cobertura original.

O relatório foi divulgado nesta quarta-feira para coincidir com o anúncio oficial pela ONU do Ano Internacional de Florestas.